Estava eu me arrumando para dormir, neste último domingo, quando fui informado, via twitter, que o Martin Scorsese estava no palco do Globo de Ouro 2010 recebendo um prêmio especial pela sua filmografia.
Infelizmente, a ausência de TV a Cabo por perto me impediu de acompanhar a homenagem ao vivo. No entanto, esse pequeno obstáculo - rapidamente vencido pelo youtube, onde encontrei o vídeo minutos depois - Não impediu a minha satisfação em saber que este grande diretor de cinema estava sendo reconhecido por seu trabalho.
Como cinéfilo, eu aprecio VÁRIOS diretores diferentes, mas eu confesso ter um apreço especial pela carreira do Scorsese.
A culpa disso se encontra num especial de TV que vi ainda pirralho, na TNT, que retratava, de forma cronológica, todos os filmes que ele já havia feito. Lembro de ter ficado extasiado com as cenas destacadas no programa, além do entusiasmo dos atores e do próprio diretor em relação aos filmes mencionados.
De lá pra cá, tive a oportunidade de conferir a maioria dos filmes dele... E confesso ter gostado de todos, cada um na sua devida proporção.
Responsável por filmes como Taxi Driver, Touro Indomável, Caminhos Perigosos e, mais recentemente, Os Infiltrados, o diretor é especialista em retratar personagens complexos submersos em um mundo quase sempre obscuro.
Além disso, ele é craque em retratar personagens mafiosos, como já evidenciado em Os Bons Companheiros (meu filme favorito dele!) e Cassino (o primeiro filme que eu vi dele!).
Mas ele também se aventura em outras ambientações e manda muito bem, como já comprovado em películas como O Rei da Comédia (sobre um aspirante a comediante), Cabo do Medo (suspense situado numa pacata cidade americana), A Época da Inocência (romance de época) e O Aviador (biografia do milionário Howard Hughes).
Com uma filmografia rica, o prêmio recebido no Globo de Ouro deste ano foi mais do que merecido. Aliás, a premiação foi mais do que justa em fazer os atores Robert De Niro e Leonardo DiCaprio entregarem o troféu:
O primeiro é o eterno protagonista do Scorsese, já tendo feito 9 filmes com o diretor (a maioria como personagem central). Já Leonardo DiCaprio é o atual queridinho, iniciando a parceria com Scorsese em Gangues de Nova York e chegando até Shutter Island, um suspense psicológico programado pra estrear agora em 2010 (são 4 filmes juntos, no total).
De Niro é eternamente grato ao diretor, que o ajudou a se consolidar como um dos grandes atores de sua geração. Já DiCaprio colou no Scorsese e conseguiu evoluir de galã de cinema para um verdadeiro ator, graças aos convívio e acúmulo de experiências com o diretor.
Com um jeito bem peculiar de falar e com umas sobrancelhas que parecem ter vida própria, Scorsese, além de ótimo diretor, possui uma personalidade bem marcante, que acaba cativando... Não foi à toa que ele até já serviu como base pra um personagem de O Espanta Tubarões, filme do qual participou da dublagem...
Mas independente de sua persona, Scorsese virou uma lenda no cinema graças aos seus filmes mesmo.
Alguns dizem que Scorsese não faz filme pro grande público, que ele não pensa naquele telespectador do povão que precisa de tudo mastigado. Essa afirmação está parcialmente errada.
De fato, ele quase nunca faz "filme de Hollywood" (aquela típica história onde você nem precisa se dar ao trabalho de pensar muito). Mas ele também não é de fazer filmes "intelectualóides", visando agradar unicamente um grupo seleto; ele dirige filmes acreditando que o telespectador terá condições de compreender a história, independente do grau de complexidade.
Pra mim, ele está é certo em não subestimar seu público. Até quando faz filmes mais populares - como Os Infiltrados e Cabo do Medo - ele trata os telespectadores com respeito, acreditando que eles terão inteligência o suficiente pra compreender a película.
E é aí que reside o meu encanto pelo trabalho do Scorsese: ele é um diretor notoriamente apaixonado por cinema, que faz seus filmes com gosto e sempre confiando na inteligência de seu público.
Um diretor a ser admirado...
Infelizmente, a ausência de TV a Cabo por perto me impediu de acompanhar a homenagem ao vivo. No entanto, esse pequeno obstáculo - rapidamente vencido pelo youtube, onde encontrei o vídeo minutos depois - Não impediu a minha satisfação em saber que este grande diretor de cinema estava sendo reconhecido por seu trabalho.
Como cinéfilo, eu aprecio VÁRIOS diretores diferentes, mas eu confesso ter um apreço especial pela carreira do Scorsese.
A culpa disso se encontra num especial de TV que vi ainda pirralho, na TNT, que retratava, de forma cronológica, todos os filmes que ele já havia feito. Lembro de ter ficado extasiado com as cenas destacadas no programa, além do entusiasmo dos atores e do próprio diretor em relação aos filmes mencionados.
De lá pra cá, tive a oportunidade de conferir a maioria dos filmes dele... E confesso ter gostado de todos, cada um na sua devida proporção.
Responsável por filmes como Taxi Driver, Touro Indomável, Caminhos Perigosos e, mais recentemente, Os Infiltrados, o diretor é especialista em retratar personagens complexos submersos em um mundo quase sempre obscuro.
Além disso, ele é craque em retratar personagens mafiosos, como já evidenciado em Os Bons Companheiros (meu filme favorito dele!) e Cassino (o primeiro filme que eu vi dele!).
Mas ele também se aventura em outras ambientações e manda muito bem, como já comprovado em películas como O Rei da Comédia (sobre um aspirante a comediante), Cabo do Medo (suspense situado numa pacata cidade americana), A Época da Inocência (romance de época) e O Aviador (biografia do milionário Howard Hughes).
Com uma filmografia rica, o prêmio recebido no Globo de Ouro deste ano foi mais do que merecido. Aliás, a premiação foi mais do que justa em fazer os atores Robert De Niro e Leonardo DiCaprio entregarem o troféu:
O primeiro é o eterno protagonista do Scorsese, já tendo feito 9 filmes com o diretor (a maioria como personagem central). Já Leonardo DiCaprio é o atual queridinho, iniciando a parceria com Scorsese em Gangues de Nova York e chegando até Shutter Island, um suspense psicológico programado pra estrear agora em 2010 (são 4 filmes juntos, no total).
De Niro é eternamente grato ao diretor, que o ajudou a se consolidar como um dos grandes atores de sua geração. Já DiCaprio colou no Scorsese e conseguiu evoluir de galã de cinema para um verdadeiro ator, graças aos convívio e acúmulo de experiências com o diretor.
Com um jeito bem peculiar de falar e com umas sobrancelhas que parecem ter vida própria, Scorsese, além de ótimo diretor, possui uma personalidade bem marcante, que acaba cativando... Não foi à toa que ele até já serviu como base pra um personagem de O Espanta Tubarões, filme do qual participou da dublagem...
Mas independente de sua persona, Scorsese virou uma lenda no cinema graças aos seus filmes mesmo.
Alguns dizem que Scorsese não faz filme pro grande público, que ele não pensa naquele telespectador do povão que precisa de tudo mastigado. Essa afirmação está parcialmente errada.
De fato, ele quase nunca faz "filme de Hollywood" (aquela típica história onde você nem precisa se dar ao trabalho de pensar muito). Mas ele também não é de fazer filmes "intelectualóides", visando agradar unicamente um grupo seleto; ele dirige filmes acreditando que o telespectador terá condições de compreender a história, independente do grau de complexidade.
Pra mim, ele está é certo em não subestimar seu público. Até quando faz filmes mais populares - como Os Infiltrados e Cabo do Medo - ele trata os telespectadores com respeito, acreditando que eles terão inteligência o suficiente pra compreender a película.
E é aí que reside o meu encanto pelo trabalho do Scorsese: ele é um diretor notoriamente apaixonado por cinema, que faz seus filmes com gosto e sempre confiando na inteligência de seu público.
Um diretor a ser admirado...
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