terça-feira, 28 de setembro de 2010

Amor, Saudade e Seguindo em Frente

Perder um ente querido talvez seja uma das dores mais fortes que alguém possa sentir nessa vida.

Infelizmente, sei bem como é essa sensação.

Não sei se quem passa por aqui já sabe (se for alguém que me conhece pelo Twitter ou Orkut, provavelmente sim), mas estou de luto por uma das pessoas mais incríveis que passaram por minha vida: Meu Pai.

Aliás, a pessoa que me trouxe à vida... E que me educou, me deu carinho e proporcionou todas as condições possíveis para eu ter uma vida mais próxima da felicidade plena.

Posso dizer que em 22 de setembro eu perdi meu chão; perdi meu ponto de referência. E a saudade só não é maior por falta de espaço.

Só não perdi o equilíbrio porque perdê-lo seria ir de encontro a todos os ensinamentos do meu grande pai, que sempre pautou sua vida na tranquilidade e transmitia uma sensação de equilíbrio fora do comum.

Já chorei horrores nas horas em que me permiti enfraquecer; Já consolei bastante minha família, nas horas em que consegui me fortalecer; Já fiquei divagando horas, lembrando daqueles momentos que, mesmo pequenos, se tornam especiais... Enfim, com a partida dele, tudo o que me restou foi saudade.

E, mais do que tudo, me restou amor.

Por mais dolorosa que seja a perda, o amor cultivado durante todos esses anos permanece. E só tende a crescer.

Ficam as boas lembranças, as lições aprendidas, as experiências compartilhadas... E aos poucos a gente vai tentando tocar a vida pra frente.

Hoje foi o sétimo dia desde o fatídico dia... Ainda tem muita estrada pela frente, mas sei, bem lá no fundo, que as coisas se ajeitarão. Tudo no seu devido tempo.

Hoje, também, me veio à memória uma das minhas canções favoritas do U2, chamada Walk On. Lembro que desde a adolescência tinha um carinho especial por essa música, a qual eu sempre deixava tocar naqueles momentos de tristeza.

Era certeiro: de alguma forma estranha, essa música me confortava e me fazia sentir bem. Não sei se é a letra, a melodia, a voz do Bono... mas essa canção sempre conseguia me confortar.



Como diz a música: O Amor é tudo o que você não pode deixar pra trás... E nessas horas de perda e saudade, esse é um conceito que pretendo - e preciso - cultivar.

O vídeo acima já traz a letra original, então vou postar apenas a tradução:

Walk On (Continue Em Frente)

E o amor não é uma coisa fácil
É a única bagagem que você pode trazer
Amor não é uma coisa fácil
A única bagagem que você pode trazer
É tudo o que você não pode deixar para trás

E se a escuridão for nos separar
E se a luz do dia parece estar muito longe
E se seu coração de vidro se partir
E por um segundo você quiser voltar atrás
Oh, não, seja forte

(Refrão)
Continue em frente, continue em frente
O que você conquistou, eles não podem te roubar
Não, eles não podem nem sentir isso
Continue em frente, continue em frente
Mantenha-se seguro esta noite

Você está arrumando a mala para ir a um lugar
Onde nenhum de nós esteve
Um lugar no qual se tem que acreditar para se ver
Você poderia ter voado para longe
Um pássaro cantando em uma gaiola aberta
Que só irá voar, só voará pela liberdade

(Refrão)
Continue em frente, continue em frente
O que você conquistou eles não podem te negar
Não podem te vender, nem podem comprar
Continue em frente, continue em frente
Mantenha-se seguro esta noite

E eu sei que dói
Como o seu coração se partiu
Você pode aguentar mais um pouco
Continue em frente, continue em frente

Lar
Difícil saber o que é
Se você nunca teve um
Lar
Eu não sei onde é
Mas, eu estou indo
Lar!
É onde o seu coração está

E eu sei que dói
E o seu coração, ele se partiu
E você pode aguentar mais um pouco
Continue em frente!

Você tem que deixar para trás:

Tudo o que você produz
Tudo o que você faz
Tudo o que você constrói
Tudo o que você quebra
Tudo o que você mede
Tudo o que você sente
Tudo isso você pode deixar para trás
Tudo o que você raciocina, é apenas tempo
E eu nunca estarei acima do que procuro
Tudo o que você percebe
Tudo o que você fala
Tudo que você veste
Tudo o que você vê
Tudo o que você criou
Tudo o que você fez...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O meu, o seu, o Nosso Lar


Por um bom tempo, eu tive uma piada recorrente de que o último filme nacional que eu havia visto no cinema era Olga (tá, nem era engraçado, mas por algum motivo arrancava o sorriso das pessoas).

Acho o cinema nacional interessante, mas realmente fazia um bom tempo que eu não assistia a um filme brazuca na telona (o DVD era sempre minha 1ª opção).

Eis que ontem eu quebro o jejum - e perco a piada - ao ir assistir Nosso Lar com os amigos que moram no lado esquerdo do peito.

Não sei se todos sabem, mas o filme é baseado em um livro de Chico Xavier, que por sua vez psicografou as informações repassadas por um médico desencarnado. Imerso na doutrina espírita, o filme tenta resumir as passagens e mensagens do livro assinado/psicografado pelo célebre médium brasileiro.

De início, o filme já causa certa polêmica por tratar fortemente sobre a doutrina espírita.

Apesar do tema já ter sido tratado antes e até caído no gosto popular através de novelas (a clássica A Viagem e a recente Escrito nas Estrelas, por exemplo), muita gente ainda desconhece os preceitos e nuances da doutrina.

Pra quem já conhece ou leu sobre espiritismo, acaba enxergando muita coisa representada no filme. Quem desconhece ou não concorda/aceita, acaba encarando o filme como uma tremenda ficção científica.



Curioso como o filme provoca diversas reações pra quem eu pergunto: tenho amigos católicos que acharam o filme belíssimo; amigos católicos que dormiram no cinema; meu pai, que é espírita, se emocionou bastante com a história; minha mãe, que também é espírita, preferiu o livro (LOL); E assim por diante.

O fato é, acreditando no espiritismo ou não, Nosso Lar é um filme cheio de mensagens positivas e que podem te levar a uma boa reflexão - isso, claro, se você se deixar permitir.

Particularmente, eu acredito nos preceitos da doutrina espírita (talvez por influência da família), muito embora eu nunca tenha feito um estudo aprofundado a respeito.

Eu acho que estamos nesse mundo pra cumprir uma missão (seja ela qual for) e que, independente de qualquer coisa, devemos aproveitar a vida e procurar ajudar ao próximo, minimizando sentimentos como orgulho e egoísmo.

Essa é uma das diversas lições que a doutrina espírita - e consequentemente o filme - procura repassar. E, pra ser bem franco, é uma postura que todos deveriam adotar. Independente de credo/religião (ou falta de religião).

Sobre o filme, nem preciso dizer que ele me tocou bastante. Antes de mais nada, é um filme com mensagens e valores que deveriam ser apreciados e adotados por todos.

E isso já é o suficiente pro filme se tornar um filmaço.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VMA e Florence + The Machine


Nesse último domingo, tive a chance de ter uma "noite de adolescente" e fiquei em frente a TV (e com o computador antenado no twitter) pra acompanhar a cerimônia do Video Music Awards 2010.

Fiquei sabendo que a premiação desse ano foi a maior audiência desde 2002, então não fico tão envergonhado de ter assistido hahaha.

Na realidade, nem me senti tão deslocado, pois as principais atrações faziam/fazem sucesso desde a minha adolescência: Eminem, Linkin Park e Usher, por exemplo, marcaram presença.

Mas também rolaram momentos "estou ficando velho demais". Especialmente quando envolvia a histeria em torno do JUSTEN Bieber (eu ainda não consigo entender como mulheres ADULTAS ficam gritando por um molequinho que nem parece ter chegado à puberdade).

Mas deixando essas coisas de lado, preciso dizer que o ápice da noite foi a apresentação de uma certa artista do UK, conhecida por Florence + The Machine.



Apesar do nome parecer de um grupo, se trata, na realidade, de uma artista solo. Basicamente, Florence é a cantora ruiva e The Machine é a banda que a acompanha.

Sucesso no Reino Unido, eu já tinha ouvido o primeiro álbum dela, chamado Lungs, de 2009. É um som alternativo bem interessante, que mistura pop e rock e ganha um toque especial com a voz peculiar da cantora.

Aliás, a voz é o grande trunfo da Florence. Num ano em que o VMA foi marcado por playback ou desafinações canalhas, ela mostrou ao público americano como se canta ao vivo.

E sua apresentação nos States já tá rendendo uma boa repercussão... Do jeito que as coisas caminham, Florence + The Machine tem potencial pra ultrapassar as barreiras britânicas e conquistar o restante do mundo.

Não irei postar a performance do VMA, porque tenho certeza que o Youtube vai apagar em 2 tempos... Mas indico muito o álbum Lungs! E em especial as músicas Dog Days Are Over (cantada na premiação), Rabbit Heart (minha favorita) e You've Got The Love (acho que a mais pop do trabalho).

De vez em quando um artista diferente e de qualidade ganha os holofotes... E isso é sempre bom!


sábado, 11 de setembro de 2010

The Script e seu álbum Science & Faith


Eu tenho falado bastante de The Script por aqui, mas dane-se hahahaha. Quem é bom merece ser destaque sempre =)

Como eu já havia mencionado no blog, o grupo irlandês The Script está com trabalho novo, depois de ter estourado com o primeiro álbum em 2008/2009.

Chamado Science & Faith, o cd acabou de ser lançado na Irlanda e em poucos dias chegará no resto do Reino Unido. E, obviamente, eu já dei um jeito de ouvir heueheueh

Posso dizer que esse segundo álbum me agradou mais rapidamente que o primeiro. Dá pra notar que a banda está procurando ampliar seus horizontes e conquistar um público ainda maior. E o bom é que eles fazem isso sem comprometer a qualidade das músicas.

Uma vez eu fiz uma resenha do álbum do John Mayer, mas nunca tive coragem de repetir a trabalheira. Mas acho que The Script merece, então lá vai uma resenha (sucinta) do excelente Science & Faith, logo a seguir:



01 – You Won’t Feel a Thing

Essa música tem algo de U2 que me agradou bastante... Ótima pra abrir o álbum! Já vai dando o clima do que vem pela frente.

02 – For The First Time

Primeira música de trabalho do álbum... Uma balada muito bonita, que chega ao seu ápice no final quase apoteótico. Já nasceu com cara de clássico.

03 – Nothing

Outra balada com um toque bem comercial... Não tenho dúvidas que vai virar single e tudo mais.


04 – Science & Faith

Faixa-título do álbum, é mais outra faixa que me remeteu a U2 das antigas... E isso é sempre uma referência boa!

05 – If You Ever Come Back

Melodia incrível, gostei logo de cara! Uma das músicas com a marca registrada da banda (aquele “rap”, com versos mais rápidos que o normal). Poderia estar facilmente no primeiro álbum.



06 – Long Gone and Moved On

O cd já passou da metade, e até agora nenhuma faixa fraca! Mais uma canção ótima pra rechear o álbum.

07 – Dead Man Walking

O refrão é o grande trunfo dessa música. Dá vontade de ficar cantarolando hahaha

08 – This = Love

Outra que poderia facilmente estar no primeiro álbum. Só mostra como a banda procurou evoluir, mas sem fugir do que já vinha fazendo.

09 – Walk Away

Incrível como uma música completa a outra nesse álbum... não deixa nada a dever às faixas anteriores e já vai preparando terreno pra fechar o álbum (e me deixando triste porque o álbum já vai terminar)

10 – Exit Wounds

Car*lho, escolha perfeita pra fechar esse álbum! Instrumental bem carregado na bateria, vai criando um clima apoteótico. E só reforça o quanto f*da ficou esse álbum.


AVALIAÇÃO FINAL: EXCELENTE! Apesar de poucas faixas, o trabalho é bem redondo e te dá vontade de deixar no repeat o dia inteiro. Se o álbum fosse uma prova de 10 questões valendo 1 ponto cada, o The Script levaria nota máxima tranquilamente =)

PS: Quer baixar o álbum? então é só olhar os comentários...