sábado, 27 de novembro de 2010

Recomendo: Olly Murs


É sempre bom descobrir artistas novos, especialmente quando eles mandam bem já no primeiro trabalho. A novidade da vez é o cantor-compositor inglês Olly Murs.

Na realidade, eu já conheço a figura desde a época do X-Factor, reality show que procura por novas estrelas no Reino unido (pensem em um Ídolos britânico, só que mais bem sucedido).

Já até havia falado sobre o cara uns meses atrás, quando saiu o primeiro single. Mas dessa vez tenho algo melhor pra comentar: o álbum inteiro!

Olly Murs (o álbum, não o artista) é uma mistura de pop despojado com alguns elementos de reggae, que funciona muitíssimo bem.

É o tipo de cd que você deixa no repeat e ouve a tarde inteira, enquanto resolve coisas em casa ou no trabalho =)

O álbum conta com o carro-chefe Please Don't Let Me Go, que foi #1 no Reino Unido e merecidamente bombou por lá. O segundo single, Thinking of Me, foi lançado semana passada e já tá seguindo o mesmo caminho lá na terra da Rainha.

Além dessas, o álbum conta com as ótimas Busy (uma ode a preguiça, com o refrão "ocupado fazendo nada" hahah), I Blame Hollywood e Hold On. E ainda tem Accidental, que me lembrou um pouco de Jason Mraz.

Dentre as baladas, Ask Me To Stay é a minha favorita, mas ainda destaco Heart On My Sleeve, escrita pelo James Morrison (outro cantor que eu curto bastante).

E ainda tem a agitada Change is Gonna Come, a mais diferente do álbum, que é praticamente uma mistura de Freedom do George Michael com Let Me Entertain You do Robbie Williams.

No geral, Olly Murs (o cantor, não o álbum) surpreende com um trabalho bem agradável e variado. Com um som descontraído, o cara é uma boa pedida pra ouvir no carro, na praia, de bobeira em casa... O típico som que me agrada hahahaha

E aproveitando o assunto "X-Factor", é até engraçado lembrar que Olly não venceu o programa, ficando em segundo lugar. Passado 1 ano, ele vem fazendo mais sucesso que o então vencedor, que não empolgou e anda apagado pra carai.

Justiça feita pelo tempo heheh.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A volta de Duffy



Duffy foi uma descoberta tardia para mim, como eu já comentei aqui no blog no ano passado. E volto a afirmar, assim como já mencionei uma vez, que ela foi um dos melhores achados musicais dos últimos anos.

Grande representante do "pop retrô" que faz sucesso no Reino Unido, ela é meio que o pitelzinho do seu gênero, já que suas "colegas" de estilo são ninguém menos que a drogada-porra-louca Amy Winehouse e a gordinha-porém-talentosa Adele.

Se bem que, com essa concorrência, fica fácil se destacar no quesito beleza heueheu


Após estourar mundialmente com seu primeiro álbum Rockferry, que vendeu mais de 6.5 milhões de cópias ao redor do globo, ela está de volta à ativa com seu segundo trabalho, chamado Endlessly.

Confesso que estava um tanto quanto receoso com esse trabalho. É sempre complicado superar o cd de estreia, especialmente quando ele faz muito sucesso com o público e a crítica. Mas parece que Duffy encontrou o caminho certo e fez um segundo álbum muito, muito bacana.

Seguindo a mesma linha do Rockferry, mas variando na sonoridade, Endlessly consegue a proeza de combinar com o Rockferry, mas sem parecer uma cópia pra repetir o sucesso.

Músicas como Don't Forsake Me e a faixa-título Endlessly são a típica balada que alguém pode esperar da Duffy. E ela não decepciona. Mas a grande novidade está nas músicas mais agitadas, como Keeping My Baby, a ótima Lovestruck e o primeiro single Well, Well, Well.

Também achei bem legal os aplausos no começo e durante My Boy, faixa que abre o cd. A impressão que fica é que se está escutando algo ao vivo, embora seja tudo em estúdio.

E Hard For The Heart fecha o álbum de forma maestral, dando a sensação de que Duffy conseguiu manter o nível e não decepcionou. Acredito que irá agradar até os fãs mais exigentes.

Qualidade garantida, agora resta ver se o novo trabalho vai conseguir o mesmo sucesso do álbum anterior.

Espero que sim =)

sábado, 13 de novembro de 2010

O álbum póstumo de Michael Jackson


Pra quem conhece um pouco da história do Michael Jackson, sabe que a família dele é meio mercenária (especialmente o pai). Junte-se esse fato com os interesses de uma gravadora, e temos o resultado: em dezembro vai sair álbum póstumo do Rei do Pop.

Depois da morte mais divulgada e coberta pela mídia até então (algo parecido, só com a morte da Madonna, creio eu), qualquer produto com o nome Michael Jackson vende feito água no deserto. De relançamentos dos álbuns antigos a documentário no cinema, qualquer coisa feita ou com a participação do artista ficou valorizada.

Mas como o cantor tá fazendo moonwalking a sete palmos do chão, obviamente que todo o lucro é revertido aos seus herdeiros, além das pessoas que possuem algum direito sobre o trabalho do cara.

E como engordar o bolso é sempre bom e eles gostam, resolveram desenterrar músicas não lançadas pra ganhar mais um trocado.

Confesso que, do ponto de vista de um negócio, é até compreensível o lançamento de Michael, o álbum de inéditas previsto pro finalzinho do ano.

Mas conhecendo o perfeccionismo do cantor - Michael Jackson levava uma eternidade pra lançar algo novo, porque nunca tava satisfeito e sempre queria melhorar - e conhecendo o histórico da família Jackson, esse álbum póstumo feito nas coxas parece até uma ofensa desnecessária à discografia do cantor.



O primeiro single, inclusive, será Hold My Hand, aquele dueto com o Akon que vazou anos atrás e foi tocado à exaustão pela Jovem Pan (dizem que a versão final será diferente e melhorada, porém acho que não mudará muita coisa).

Pra quem era extremamente cuidadoso com seu legado musical, é bem provável que Michael Jackson esteja no caixão planejando uma forma de puxar o pé da parentada e dos empresários oportunistas LOL.

Mas tentando ver algo de positivo nessa história toda, pelo menos uma música boa vai sair desse cd: com uma boa pós-produção, Keep Your Head Up é uma balada típica do Michael Jackson, com vários elementos que identificam o artista. Gostei bastante!

Apesar de não concordar com os motivos que geraram o álbum Michael, o jeito é torcer pelo melhor, e esperar que as músicas não manchem a discografia do rei do pop...

(Enquanto isso, vou ouvindo Remember The Time, minha favorita do cara hahah)